sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Mais uma vez, e as chuvas, será que são elas?

A novela se repete. A tragédia, no Rio de Janeiro, devido as proporções, tenha despertado traumaticamente a atenção da população e governantes. Enquanto isso, aqui em Belém, as ruas continuam alagadas, famílias ilhadas em suas casas, prejuízos demasiados e o problema não é nenhuma novidade.

Mas aí, pergunta-se: de quem é a culpa? Adianta responsabilizar o Santo? Não dá, né!

A verdade é que não dá mais pra continuar dessa de abandonar as pessoas ao acaso e a sorte para se proteger da falta de responsabilidade do poder público que não presta a infraestrutura necessária e de si mesmo, pois os lixos continuam sendo jogados na rua, bueiros e tudo continua a transbordar.

Não dá mais para nossa cidade competir arduamente no ranking de umas das piores cidades brasileiras, em termos de moradias, pois a quantidade de pessoas morando em condições subumanas é ridiculamente desesperador. O processo de urbanização descontrolado e desenfreado precisa da atenção dos governantes. Corro o risco de ficar repetitivo em falar que precisamos de obras de infraestrutura, saneamento básico, coisas fundamentais para o convívio urbano. Mas, se o noticiário tem licença para dar a mesma notícia, todos os dias, pois todos os dias elas se repetem, continuarei a ser repetitivo, também.

E enquanto isso, ocupações desordenadas, condições degradantes de (sobre)vivência se comportam como um catalizador de nossos índices de criminalidade, pois o sistema é fechado e autopoiético.

Não adiante esvaziar as prateleiras das lojas se a fábrica continua a todo o vapor!


Um comentário:

  1. Além de políticas públicas voltadas para habitação e saneamento básico, a educação ambiental torna-se da mesma forma indispensável (na verdade, educação de qualquer gênero, já que o poder público desse país ainda não percebeu isso, ou fingi não perceber, que é o mais correto). A população deve ser conscientizada de que a sua rua é extensão do seu quintal, dessa forma, enchentes e propagação de doenças como a dengue podem ser atenuadas. Mais uma vez voltamos a questão da educação, a situação sai, a oposição entra, e o investimento em educação, apesar dos números sempre mostrarem grandes valores, permanece estagnado, mesmo sendo direito social positivado na constituição federal. Belém, assim como o Brasil, necessita acima de tudo de uma educação de qualidade, e não de obras faraônicas resultantes de desvio de verba pública. Mas acho que isso pode ser querer demais, de um país que se diz democrático de direito?
    Mais uma vez, e as chuvas,será que são elas?
    Não.

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